10 de abril de 2009

Degradação de garrafas PET por meio de fungos



Material e Métodos:

Uma aluna de mestrado da Faculdade de Engenharia de Alimentos (FEA) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) desenvolveu um processo para a degradação de garrafas à base de polietileno tereftalato (PET) por meio de fungos conhecidos como 'basidiomicetos de podridão branca", tal trabalho consistiu em sua dissertação na qual ela testa o processo de fermentação em diferentes tipos de condições ambientais (meio, pH, temperatura, etc).

"Foram utilizadas duas linhagens de fungos Pleurotus sp, que são encontrados naturalmente nas matas brasileiras crescendo sobre madeiras, da qual retiram nutrientes. Os fungos estão também amplamente distribuídos pelo sul e pela área central da Europa e também pelo norte da África" disse Kethlen à FAPESP.

A bióloga utilizou uma técnica conhecida como planejamento experimental com o objetivo de chegar a uma condição adequada para a biodegradação dos polímeros. O estudo foi orientado pela professora Lúcia Regina Durrant, do Departamento de Ciências de Alimentos da FEA.

"Os microrganismos cresceram em condições muito semelhantes ao seu habitat natural, tornando-os capazes de produzir enzimas e metabólitos que não seriam produzidos em outros tipos de fermentação" explicou. As duas linhagens fúngicas de Pleurotus sp foram cultivadas juntamente com polímeros de garrafa PET sob fermentação semi-sólida e incubados em estufa a 30 ºC durante até 90 dias.

(Fonte: Notícias Terra)

Resultados e Discussão:

Putz, quando eu li essa notícia em vários sites fiquei super empolgado, por três motivos:

Primeiro que já tem um tempo que garrafas PET são discutidas como grandes vilões da poluição, porque além de não serem biodegradáveis sua reciclagem é cara e pouco eficiente.

Segundo porque eu já sabia! Juro! Sempre imaginei que algum microrganismo fosse capaz de degradar qualquer derivado do petróleo, acho muita pretensão humana achar que tudo que criamos é indestrutível. Além do que, variedades de microrganismos por aí é o que não falta.

E terceiro porque se trata de uma pesquisa desenvolvida no Brasil e por brasileiros, claro, sobra um pouco de patriotismo.

Obviamente ainda tem muito o que se discutir e se melhorar em eficiência e custo no processo pra que um dia ele possa ser de fato aplicado, mas que é um passo importante para o desenvolvimento de tecnologias de biorremediação é indiscutível.

Uma ressalva importante é a de que isso não significa que agora podemos continuar utilizando garrafa
s PET sem nenhum tipo de controle sem nos preocupar, como diz o ditado "melhor prevenir do que biorremediar".

Leia mais em :

Degradation of eight highly condensed polycyclic aromatic hydrocarbons by Pleurotus sp. Florida in solid wheat straw

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