Esse é um exemplo de que, se isso realmente acontece, não é a regra.
Pesquisadores do Bayor College of Medicine em Houston no Texas (EUA), trabalham arduamente e já publicaram vários artigos relacionando um dos principais ativos do chá verde com o tratamento da infecção por HIV-1.
O chá verde já foi relatado como um eficiente anti-oxidante, anti-inflamatório, anti-alérgico, anti-histamínicos, anti-tumorais e anti-virais (ufa!).
A Epigalocatequinagalato (EGCG) faz parte do grupo dos polifenóis juntamente com as teaflavinas substâncias comuns ao chá verde e ao chá preto. E se difere de outras catequinas por possuir grupos químicos adicionais em sua estrutura, e esses são determinante para sua propriedade terapêutica.
Por meio de células brancas do sangue (principal alvo do vírus) cultivadas, na presença de vários subtipos de HIV-1 e em várias concentrações diferentes de EGCG, foi possível perceber que em concentrações relativamente baixas da substância, ocorre uma inibição da replicação do vírus comparável àquela observada com a utilização das drogas utilizadas atualmente (Ritonavir e AZT).
com o Ritonavir
Os pesquisadores atribuíram tal fenômeno à capacidade da EGCG se ligar ao receptor CD4 das células do sistema imune, que é a via de infecção do vírus HIV-1 que precisa estar dentro da célula para se replicar e infectar outras células. Seria como, se quando o vírus procurasse a porta de entrada ela já estivesse ocupada.
A pesquisa ainda está em fase de testes in vitro e precisa obviamente de outros estudos que possam não só comprovar sua eficácia como também determinar as concentrações ideais do EGCG para atuar, além de estudar sua farmacocinética, ou seja, como a substancia interage com o corpo humano. E algumas dessas já estão em andamento.
Leia mais em:
- Preclinical development of the green tea catechin, epigallocatechin gallate, as an HIV-1 therapy
- Inhibition of HIV-1 infectivity across subtypes by the green tea catechin, epigallocatechin gallate, without altered immune function